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Como se proteger de envenenamentos e por que esse risco preocupa cada vez mais

Casos vêm aumentando, e especialistas explicam como identificar e evitar o perigo

Saúde|Luiza Marinho*, do R7, em Brasília

Produtos nocivos transformam bolos e bombons em armas letais Nathalia Ceccon/Idaf-ES/Arquivo

Crimes de envenenamento têm ganhado espaço no noticiário e despertado um temor crescente entre os brasileiros. Casos como o de Ana Luiza Neves, jovem de 16 anos que faleceu após ingerir um bolo contaminado com arsênio, e o da professora Larissa Rodrigues, de 37 anos, que morreu após ser envenenada com chumbinho, possivelmente pelo marido ou a sogra, mostram que esse tipo de ação, antes vista como rara, tem se tornado mais comum.

Em muitas dessas situações, as substâncias usadas são de fácil o, como o chumbinho — um agrotóxico proibido para uso doméstico — e o arsênio. A principal via de intoxicação costuma ser a ingestão de alimentos e bebidas contaminados.

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O toxicologista Álvaro Pulchinelli, diretor técnico da Toxicologia Pardini do Grupo Fleury, reforça que os envenenamentos mais comuns no país envolvem medicamentos domésticos, produtos de limpeza e agrotóxicos mal usados.

Sobre os sinais de intoxicação, ele alerta que um dos primeiros a ser observado é a alteração no nível de consciência ou no comportamento. O médico afirma que ir ao hospital imediatamente é a melhor opção.


“A pessoa pode ficar sonolenta, confusa ou agitada — isso já pode ser um indício de intoxicação. Não se deve esperar para ver se os sintomas irão melhorar. Quanto mais rápido for o atendimento, maior a chance de salvar a vida”, diz.

Precaução

Para prevenir esses acidentes, Pulchinelli reforça que a principal forma de prevenção contra intoxicações é a informação. Medicamentos devem ser utilizados apenas com prescrição médica e ficar armazenados fora do alcance de crianças e animais domésticos.


Ele ainda orienta que produtos de limpeza sejam usados conforme as instruções do fabricante, sem misturas caseiras, e guardados em armários trancados. Sobre os produtos clandestinos, o médico enfatiza: “Esses produtos têm uso a profissionais capacitados e jamais devem ser manuseados ou adquiridos por pessoas não treinadas.”

O nutricionista Lucas Fortunato diz que vômitos constantes, diarreias e fortes cólicas são sinais de que uma pessoa pode ter ingerido um alimento envenenado ou contaminado.


Ele orienta: “A principal dica é sempre consumir comidas e bebidas de lugares que sejam confiáveis, seja de restaurantes ou, no caso de armazenamento, procurar recipientes com boa vedação.”

Sobre venenos como o chumbinho, ele alerta que essas substâncias agem diretamente no sistema nervoso central, afetando o cérebro, o que torna seu efeito extremamente perigoso.

“Alterações no aspecto, odor ou textura do alimento podem ser sinais de contaminação. Cuidado redobrado com bebidas alcoólicas, pois o raciocínio e a percepção da pessoa não estão em sua normalidade para reparar tais alterações”, destaca.

Principais cuidados para evitar envenenamentos

  • Consuma apenas alimentos e bebidas de locais confiáveis;
  • Evite deixar alimentos expostos ou sem supervisão, especialmente em ambientes compartilhados;
  • Armazene produtos de limpeza e medicamentos fora do alcance de crianças;
  • Não compre produtos sem procedência ou rótulo claro;
  • Em casos suspeitos, procure atendimento médico imediatamente e leve qualquer evidência possível (embalagens, frascos, restos de alimentos).

Fiscalização

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) esclarece que a competência do órgão se limita à regulamentação de produtos como medicamentos, produtos de limpeza, agrotóxicos e desinfestantes.

“O arsênio por si só não é um elemento de uso em saúde. Assim, a regulação deste elemento químico está fora da competência da Anvisa”, explica a agência.

Sobre chumbinho, a Anvisa destaca que são agrotóxicos, de utilização exclusiva na lavoura e desviados para uso indevido como raticidas.

Para denúncias ou dúvidas, a Anvisa disponibiliza o Disque-Intoxicação, no número 0800-722-6001, para tirar dúvidas e fazer denúncias relacionadas a intoxicações.

*Estagiária sob supervisão de Leonardo Meireles

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