Antigas moradias da Aeronáutica, em Belo Horizonte, serão leiloadas por R$ 24 milhões
Vila dos oficiais, localizada na região da Pampulha, é istrada pela Infraero e pela Marinha; Leilão ocorre nesta terça-feira (10)
Minas Gerais|Bruno Menezes, da RECORD MINAS

O movimento não é mesmo de outros tempos. As casas brancas, com espaço milimetricamente demarcado e semelhante, que antigamente serviam de moradia para oficiais da Aeronáutica, na região da Pampulha, em frente ao Aeroporto, em Belo Horizonte, há anos não recebem moradores. Os únicos visitantes são funcionários contratados para fazer a manutenção do local.
Nesta terça-feira (10), parte das residências da Vila dos Oficiais, construções que chamam a atenção e aguçam a curiosidade de quem a pela Pampulha, serão leiloadas. O valor inicial dos dois lotes de casas que vão a leilão é de R$ 24 milhões. A informação foi apurada pelo R7 via LAI (Lei de o à Informação).
Veja Mais
Desde 2009, com a construção do novo CIAAR (Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica), em Lagoa Santa, na região metropolitana, um convênio permitiu que a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) asse a istrar o local. Parte das casas também foi cedida para a Marinha Brasileira.
Para o leilão, as casas foram divididas em dois lotes. O primeiro, composto de 16 casas em uma área de 4.781,75m² com valor inicial de R$4.885.000,00. Já o segundo lote de residências, com 33 casas, está localizada dentro da área cercada pela Marinha, com um total de 23.776,76 m². O valor inicial para o leilão é de R$ 19.260.000,00.
No anúncio deste lote, um aviso chama a atenção: “Ideal para a construção de empreendimentos comerciais ou mistos, desde que devidamente aprovados pelos órgãos competentes”. Parte das casas, no entanto, estão em processo de tombamento pela Prefeitura de Belo Horizonte. Fotos internas disponibilizadas no site mostram que algumas residências necessitam de reforma que, segundo o edital, será que responsabilidade do arrematante.
O edital ainda prevê que o arrematante receberá as casa do jeito que elas estão, sem a possibilidade de pedir desconto ou rescisão de contrato por conta do estado de conservação dos imóveis.
Custos e tombamento
Sem moradores, as casas tem gerado custos para manutenção. Segundo a Infraero, em 2024, foram destinados R$ 594.876,52 para a manutenção das casas gerenciadas pela empresa Federal. Já outros R$ 27.335,56 foram destinados para o pagamento de energia elétrica e saneamento das residências. A reportagem solicitou um posicionamento da Marinha sobre o leilão e os custos das casas.
Sobre o tombamento das casas, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que a vila foi considerada como merecedora de “preservação a fim de que seja possível aprofundar as pesquisas sobre sua formação, importância histórica, arquitetônica e cultural para a cidade de Belo Horizonte - inseridos no Conjunto Urbano Lagoa da Pampulha e Adjacências”.
O Executivo destacou ainda que todas as casas estão em processo de tombamento, na fase de instrução e que, com a finalização do processo, elas não podem “ser destruídas ou mutiladas, ou que sejam reparadas, pintados e restaurados sem autorização prévia do CDPCM-BH (Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município)”.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp