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Trump x Musk: entenda embate e acusações entre presidente e bilionário

Após sair do governo, Musk classificou o orçamento de Trump como ‘repugnante’ e alertou sobre dívida insustentável dos EUA

Internacional|Do R7

Trump se diz 'decepcionado' com Musk após críticas a projeto de lei e ruidosa saída do governo Reprodução/X

A relação entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk, que por meses foi marcada por elogios públicos e cooperação política, se transformou em uma disputa aberta. A crise entre os dois começou após críticas de Musk a um projeto de lei da Casa Branca e rapidamente escalou para ataques pessoais e ameaças econômicas.

Na manhã desta quinta-feira (5), durante um evento com jornalistas na Casa Branca, Trump afirmou estar “muito decepcionado” com Musk, após o empresário criticar o projeto apelidado pelo presidente de “Grande e Belo Projeto de Lei”.

“Elon e eu tínhamos um ótimo relacionamento. Não sei se continuaremos tendo”, declarou Trump. O texto, aprovado na Câmara mas com futuro incerto no Senado, trata de impostos, cortes de gastos, energia e segurança de fronteira. Musk classificou a proposta como uma “abominação repugnante”, citando previsões de aumento do déficit público como principal motivo para a rejeição.

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Musk deixou oficialmente o governo no mês ado, quando anunciou o fim de sua participação como chefe do Departamento de Eficiência Governamental. Na época, ele foi recebido por Trump na Casa Branca, com trocas de elogios públicas.


Aliados do bilionário no Congresso afirmaram que sua saída não afetaria a atuação do órgão. Segundo fontes ouvidas pela CNN, os dois não mantiveram contato desde a crítica inicial ao projeto de lei.

Trump acusou Musk de ter mudado de postura após a retirada de subsídios para veículos elétricos do texto legislativo, sugerindo que a motivação do empresário seria de interesse pessoal. “Ele conhecia todos os aspectos deste projeto de lei melhor do que quase ninguém e nunca teve um problema até logo depois de sair”, disse o presidente.


Musk negou. Afirmou que nunca teve o prévio ao conteúdo do projeto e que sua oposição não estava ligada à revogação do crédito tributário de US$ 7.500 para carros elétricos, criado na gestão Joe Biden.

A tensão aumentou horas depois, quando Musk começou a responder publicamente aos ataques. Em uma série de postagens no X, ele negou que tivesse lido o projeto antes de sua tramitação no Congresso e afirmou que Trump e os republicanos teriam perdido a eleição de 2024 sem sua ajuda.


“Sem mim, Trump teria perdido a eleição, os democratas controlariam a Câmara e os republicanos estariam em 51-49 no Senado”, escreveu Musk. Mais tarde, acusou Trump de estar nos “arquivos de Epstein”, sugerindo que a Casa Branca teria ocultado informações por receio de envolvimento do presidente no escândalo ligado ao financista condenado Jeffrey Epstein. Musk não apresentou provas das alegações.

Durante reunião com o chanceler alemão Friedrich Merz, Trump foi novamente questionado sobre Musk. “Ele não disse nada de ruim sobre mim”, respondeu. “Prefiro que ele me critique do que ao projeto de lei.”

A declaração não conteve a escalada. Musk continuou atacando publicamente o presidente, inclusive respondendo com um “sim” a uma publicação que pedia o impeachment de Trump e sua substituição pelo vice-presidente JD Vance.

Trump rebateu no Truth Social. Disse que Musk “enlouqueceu” após ser convidado a deixar o governo e defendeu o corte de todos os contratos governamentais com as empresas do bilionário. “Sempre me surpreendi que Biden não tenha feito isso”, escreveu. A medida poderia atingir diretamente projetos ligados à Tesla e à SpaceX.

O presidente também alegou que Musk ou a criticar o projeto de lei só depois de descobrir a retirada do mandato federal para veículos elétricos, embora tal obrigatoriedade nunca tenha existido. A política vigente era de incentivo fiscal, e não de imposição. Musk defendeu que os cortes para carros elétricos fossem mantidos, mas exigiu a retirada do que chamou de “montanha de carne de porco nojenta”, referindo-se a gastos considerados supérfluos no projeto.

Em uma tentativa de mostrar distanciamento das críticas pessoais, Musk compartilhou postagens de políticos contrários ao projeto, como o deputado Thomas Massie, do Partido Republicano. Massie afirmou que alguns políticos se envolvem na política para enriquecer, sugerindo que interesses pessoais estariam moldando o conteúdo do projeto de lei.

Ao fim do dia, a troca de acusações já havia tomado proporções maiores do que uma simples discordância sobre política fiscal. Musk afirmou que estará presente por “mais de 40 anos”, enquanto Trump teria apenas “3,5 anos como presidente”, em uma mensagem com tom de ameaça velada a quem optar por apoiar o presidente.

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