:root { --editorial-color: #556373; } body { writing-mode: horizontal-tb; font-family: var(--font-family-primary, sans-serif), sans-serif; }
Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

General Heleno nega contribuir com núcleo de desinformação: ‘Não tinham nem tempo’

Ex-GSI também afirmou ter conduzido transição de cargo para novo governo ‘da melhor maneira possível’

Brasília|Do R7

Augusto Heleno é um dos interrogados na ação de tentativa de golpe de Estado Gustavo Moreno/STF - 9.6.2025

O general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) durante governo de Jair Bolsonaro, negou durante interrogatório no STF (Supremo Tribunal Federal) ter contribuído com a tentativa de descredibilização do sistema eleitoral com o intuito de desmoralizar o processo e manter governo Bolsonaro no poder. “Eu não tinha nem tempo para fazer isso”, disse, nesta terça-feira (10).

O ex-GSI reiterou o posicionamento a favor do voto impresso, mas defendeu-se da acusação de questionar o resultado das eleições de 2022. Disse que seguiu a orientação do governo de agir “dentro das quatro linhas”, em respeito à democracia.

LEIA MAIS

O militar também falou sobre uma agenda pessoal citada nas investigações. A apuração é de que o caderno continha rascunhos com as ideias de Heleno sobre a tentativa de golpe. Apesar de ter itido a existência da agenda, o general da reserva afirmou se tratar de uma “agenda pessoal” que “de jeito nenhum” era usada como uma “caderneta golpista”.

Heleno reservou-se a responder apenas perguntas feitas pela própria defesa. Esse é um direito dos interrogados, e foi lembrado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal),Alexandre de Moraes, no início da sessão e ao começo de cada um dos interrogatórios.


Relembre

Os interrogatórios dos réus do “núcleo 1″ começaram nessa segunda-feira (9), com as falas do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem.

As audiências ocorrem na sala da Primeira Turma do STF, que conduz a ação penal do caso. O Supremo ainda precisa ouvir três réus:


  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice de Bolsonaro em 2022.

Braga Netto é o único que será interrogado por videoconferência, visto que o militar está preso de forma preventiva desde dezembro de 2024.

Crimes dos réus

Quase todos os réus do “núcleo 1″ são acusados de cinco crimes:


  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito;
  • Tentativa de golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça; e
  • Deterioração de patrimônio tombado.

A única exceção é Alexandre Ramagem, que responde por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.

Por decisão do STF, a ação penal contra o deputado em relação aos outros dois crimes só vai ser analisada ao fim do mandato dele.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.